terça-feira, 8 de outubro de 2019


Passando para retomar meu blog, com objetivo de fazer minha felicidade feliz, por que como canta Bethânia "minha felicidade é triste". E, quem sabe, possa tocar o seu coração e estimular a juntas/juntos fazermos um mundo melhor.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

180 Dias de Decisão e Ação

180 dias de decisão e ação


Sim, hoje completo 6 meses  sem cigarro.


Assim que cheguei, há dois anos, aqui em Paranaguá-PR, minha decisão era de realizar todos os meus sonhos. E um deles era me libertar da dependência do tabaco.


Um dia li uma história que dizem ser de Gandhi e é mais ou menos assim:


“Uma mãe levou seu filho para consulta com Gandhi, porque o menino comia muitos doces e ela queria que Gandhi dissesse a ele que deveria parar de comer doces.

Gahdhi pediu para a mãe que retornassem em 30 dias.

Passaram-se os 30 dias e lá estavam a mãe e o menino na frente de Gandhi. E ele disse: deves parar de comer doces.

A mãe interrogou Gandhi: Por que 30 dias para dizer isto?

Ele disse: Porque eu precisava parar de comer doces. ”


Precisei dar uma palestra sobre dependência de drogas lícitas e ilícitas na empresa que trabalho. Quando cheguei no tabaco, fiquei meio constrangida (lembrava da história de Gandhi) e conversei com meu público sobre a minha inaptidão momentânea de convencimento prático ao NÃO o uso desta substância, mas que também, não gera a inaptidão do conhecimento teórico-prático sobre o assunto. E transcorreu de maneira bastante agradável.


Um dia depois desta palestra minha filha menor, fez a CNH. Eu aguardava ela no pátio do DETRAN, eram 16 horas do dia 22/05/2017, nesta hora, neste dia cheio de simbolismos para mim, decidi parar de fumar.


Foi muito difícil, ela não havia passado no teste, estávamos tensas, tristes e mesmo assim, mantive minha decisão.


No transcorrer dos dias notava a dificuldade de me libertar da dependência química. Do 7º aos 15º dias foi o período agudo, quase que desesperador, o mais difícil. Nesta fase pensei em procurar ajuda médica. Sonhava com o 21° dia de abstinência.


Não foi fácil! Não tem receita!
Cada pessoa reage de uma maneira.  Nada ocorre de um dia para o outro.
Foi uma desconstrução lenta que iniciou há mais de dois anos.


Então, caso tu tenhas alguma dependência química e/ou psicológica, lute,
procure ajuda e sejas mais feliz com sua decisão.

















terça-feira, 11 de outubro de 2016

Como é viver “embarcado”?

Viver embarcado é viver em alto mar (trabalhando), dentro de um navio com uma rotina estressante. Não vivo num navio, vivo em terra, mas leio e ouço os relatos dos trabalhadores que atendo e que trabalham embarcados. Longe de suas famílias, longe dos aniversários das(os) filhas(os), esposa(os). 

Minha vida é um pouco “embarcada”.

Eu quando vim de Porto Alegre- RS, para trabalhar em Paranaguá- PR, deixei minha família. Saberia que perderia os bons e maus momentos da vida com elas. O choro na despedida também tinha essa conotação, além do medo do novo. O novo, o incerto, as necessidades básicas sendo desbravadas. Quando me despedi, sabia que a vida virtual não substituiria a presencial, sabia que não teria mais cachorro, gata e crises de TPM de três mulheres. Sabia que a distância, torna-se distanciamento, e isso é o mais triste para mim. 

Sou toda emoção, e ter  que lidar racionalmente com essas perdas vai pesando. Exercitar o princípio básico do desapego, tornou-se uma rotina. Respeitar o tempo das pessoas que tu amas, é desapegar-se. Nem sempre estão a minha disposição, nem sempre estão livres, nem sempre estão com internet. Então, resta-me desapegar. A hora que estiverem livres se comunicarão. A espera é cruel.

Os dias passam rápido. Sou absorvida pelo trabalho, que amo tanto. Novos relacionamentos no tear da vida. Mas nada me separa do meu chão, da minha “oca”. A saudade é absurda, principalmente nas sextas-feiras. A vontade de voar, ir a pé para casa e dar um abraço e voltar é muita, indescritível.

Minha decisão de vir para cá foi puramente sobrevivência. Estava desempregada aos 46 anos, portanto, sem escolhas. É essa vivência e ponto. Sou arrimo de família, não tenho vocação para ser sustentada por ninguém, e com apoio delas, arrumei minha mala. 

Exemplos de vida itinerante não me faltam. Convivi com uma pessoa, por alguns anos, que trabalhou nos Médicos Sem Fronteiras isso me estimulou a viver assim. Meu trabalho anterior me subsidiou também, vivia viajando, mas nunca morei fora. Essa é minha primeira experiência.   

Minha família me ampara diariamente (sempre obedecendo o tempo delas!!!). Sinto que fazem muita falta... faço falta também na vida delas. Mas o tempo passa rápido e logo estarei e volta. A paciência, o distanciamento tudo se resume por um mundo melhor. 

Exercito a paciência e o desapego diariamente. Tarefa árdua, mas necessária.


Saudade fotografada da janela do meu quarto em Porto Alegre/RS, pelos olhos de minha filha Camila.
 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Mar e Seus Acasos






Quando eu era pequena, morava em Mostardas, na península do RS, lá no inicio do mundo, onde minha família ainda mora! 

Lembro que íamos à praia uma vez ao ano. Era uma aventura, saíamos às 4 da manhã de casa, voltávamos ao entardecer. Sim, bate-volta para ver o mar!!! 

Encilhávamos os cavalos e partíamos campo afora, rumo a imensidão de águas, areia e cheiro de sapos! Usávamos dois cavalos e alternávamos: um pouco montados outro pouco caminhando. Os pequenos, meu Mano e eu, normalmente íamos todo o tempo montados e as grandinhas a pé! Contávamos histórias para passar o tempo. Meu Pai sabia precisamente o caminho, eu achava isso fantástico!! 

Não gostava de onde ficávamos. Era um rancho, uma casinha simples, um abrigo tipo tenda com paredes de madeira com grandes frestas. Lá havia somente umas camas que chamávamos de tarimbas (muito rústicas) e uma mesa no mesmo estilo. Neste rancho os sapos eram muitos!! Eu não gostava do cheiro deles! Meu olfato é bem aguçado! 

Mas o bom mesmo era a hora de irmos para beira da praia: eu tinha medo do mar (e tenho até hoje. Não entro além da água pelo joelho - meus familiares afirmam que é até o calcanhar - eu insisto que é até o joelho). Mesmo com medo, e com o barulho das ondas que me dava uma molezinha, gostava de recolher as lindas garrafas que encontrávamos. Era uma mais linda do que a outra Inicialmente era somente a coleta de lindas garrafas, até eu encontrar uma com uma mensagem de um uruguaio. Hoje quando conto essa estória, digo que era o Facebook da minha infância! 

Sempre atenta ao ser humano, eu queria entender quem vivia nos navios. O que faziam? Porque mandavam mensagens nas garrafas? Esse “relacionamento” por correspondência não durou muito, ou quase nada. Mas o meu amor pelas pessoas que “moram” nos navios e pelas garrafas resgatadas continua intensamente. 

Passaram-se mais de quatro décadas, e em 22 de junho de 2015, desembarco em Paranaguá, litoral do Paraná, para trabalhar numa grande empresa. Nesta linda cidade, a mais antiga do estado do Paraná, está localizado o segundo maior porto de exportação de grãos do Brasil. 

A oportunidade de trabalho surgiu quase que misticamente (contarei um outro dia). Uma oportunidade única e adivinha o que me motivou (além obviamente das necessidades básicas de sobrevivência)? 

A população a ser atendida.
Sim!!! Os que “moram” nos navios!

Hoje estou comemorando um ano trabalhando com esse grupo. 

Muitas histórias já tenho para contar...
Em breve!



 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A Blogueira...



Sou mulher, gaúcha, nascida no início do mundo, a sétima filha de um casal de pequenos agricultores, mãe de duas mulheres fortes e poderosas, trabalhadora desde que me conheço por gente... Budista, vegetariana e gosto de uma roda de conversa com meus amigos com uma caneca de café ou chimarrão ou água ou vinho ou nada. 

O importante é conversar! 

Aprecio as coisas simples da vida e as não tão simples como, por exemplo, o ser humano. 

Sou formada em Serviço Social há 22 anos (exatamente hoje 18/08!!!), 
sempre trabalhei para pessoas.

Gosto de arte de rua, de rap e de artes marciais (não pratico nenhum deles), gosto de fotografias, gosto da cura pelos alimentos e chás, gosto de contos e das histórias ocultas e não ocultas de cada pessoa.

Gosto muito da coxia, gosto de saber quem está na infraestrutura emocional e material da estrela que brilha no palco da vida. Gosto de ler além dos livros. 

Assim vou construindo minha vivência, realizando meus sonhos e buscando fazer pessoas mais felizes.

O acaso não é tão aleatório como se apresenta. Tudo tem um por quê. 

Aqui, neste espaço, contarei algumas histórias vividas por mim. 
Não sei escrever muito bem, portanto, para alguns pode não ser adequado.

Ganhei esse blog da Ana, num momento oportuno. E tentarei retribuir com muita gratidão. 

Ah!! Também li que Saturno girou freneticamente e me atinge até 28/09! 
Devendo eu, escorpiana, me dedicar mais às comunicações!! 

Então... como dizemos em Mostardas/RS: "Toca a ficha!"



Eu... pelas mãos da minha caçula.


      

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O Primeiro Post...


Nessa vida encontramos pessoas, que parece até, que conhecemos em outras vidas...

Com essa pessoa foi assim.

Conheci a Dê no trabalho e foi incrível a facilidade de conversar com ela!
 

Conversas aleatórias, profundas, longas, curtas, cara a cara ou por texto
e aquela conexão louca de trocar olhares como quem diz:

"Eu sei o que você está pensando" ou "aham, concordo com você", hehehe.

Comentando sempre sobre uma certa sensação de "não nos encaixarmos" muito bem
nos sistemas da nossa sociedade, eu brinco: "Não somos deste tempo".

E acho que é meio isso mesmo...

As vivências da Dê e o olhar que tem sobre as coisas são bastantes provocativos
 
e rendem boas reflexões.

Sendo assim, espero que este blog seja um meio de vazão das suas experiências 
e pensamentos, para os demais colegas e para o mundo.



"É bom ter muitas personas, colecioná-las, costurar algumas, recolhê-las 
à medida que avançamos na vida. Quando vamos envelhecendo cada vez mais, 
com uma coleção dessas à nossa disposição, descobrimos que podemos ser qualquer coisa,
 a qualquer hora que desejemos." 


                                                                 Mulheres que Correm com Lobos, Clarissa Estés